Introdução
Em 2017, a 12ª reunião de cúpula do G20 aconteceu em Hamburgo, na Alemanha. Horas antes, o Presidente da República Popular da China, Xi Jinpin, se encontrou com a ex-Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, para uma ação diplomática. De todos os locais a serem escolhidos, o compromisso ocorreu no Zoológico de Berlim, local onde aconteceu a inauguração de um novo recinto para dois pandas-gigantes emprestados pelo governo chinês para a Alemanha. Mas por que dois representantes de algumas das maiores economias mundiais iriam juntas ao zoológico antes de uma das discussões econômicas mais importantes do planeta?
Embora pareça um presente inocente, o empréstimo para o país europeu de dois pandas-gigantes, considerados como parte do tesouro nacional chinês, era um recado para o mundo: a Alemanha, e não mais os Estados Unidos, estava no centro do mundo ocidental, na visão de Beijing, naquele momento.
Descubra porque os pandas são uma das maiores armas diplomáticas da China (e como isso impacta na sua conservação).
Parte 1 – Tudo sobre o panda
O Panda-Gigante (Ailuropoda melanoleuca)
Origem evolutiva
O panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca) é um urso diferente de todos os outros do planeta, com uma estranha história evolutiva. Sua linhagem se separou da dos outros ursos há cerca de 20 milhões de anos, no Mioceno, sendo, portanto, a linhagem mais antiga do grupo. Embora o registro fóssil de sua subfamília seja escasso, fósseis indicam que sua origem ocorreu na Europa.
Fósseis descobertos na Espanha, em 2011, sugerem que um dos primeiros ancestrais conhecidos da linhagem, Kretzoiarctos beatrix, já possuía diversas adaptações para uma dieta com muitos vegetais devido a molares complexos. A espécie vivia em uma região extremamente florestada da Europa, há cerca de 11,6 milhões de anos, e mostrava uma tendência à herbivoria na linhagem do panda.
Há 10 milhões de anos, outro ancestral dos pandas, Miomaci pannonicum, surgiu no leste europeu, e sua dentição indica que a espécie já era adaptada ao consumo de bambu. Embora outros ramos na árvore genealógica dos pandas tenham dado origem a espécies mais carnívoras, a linhagem direta do atual Ailuropoda parecia cada vez mais conectada ao bambu e a uma alimentação cada vez mais herbívora, embora ainda permanecessem majoritariamente onívoros.
O gênero Ailuropoda surgiu há cerca de 2 milhões de anos, no sul da China, e já apresentava uma dieta majoritariamente herbívora logo na sua origem, com o bambu sendo uma importante fonte de alimento, uma vez que já possuía seu famoso sexto dígito, que permitia o manuseio dessa planta. A primeira espécie do gênero, Ailuropoda microta, possuía apenas um metro de comprimento e uma dieta muito mais variada, além de viver em diversos habitats diferentes.
A espécie atual do gênero, Ailuropoda melanoleuca, se originou há apenas 750.000 anos, com diversas adaptações para a herbivoria em seus membros, com a presença de seu sexto dedo em suas patas dianteiras, herdado de seus ancestrais, que permite que o animal manuseie bambus facilmente, bem como com molares extremamente complexos, ideais para o consumo de vegetais, mas que não impedem uma alimentação onívora.
Surpreendentemente, o panda-gigante ainda retém no intestino enzimas e uma microbiota intestinal compatíveis com as de um carnívoro, o que tornou sua alimentação quase exclusivamente em bambu um mistério para a ciência por muitas décadas.
Uma alimentação quase exclusivamente composta por uma planta com baixíssimo valor energético em um animal tão pouco adaptado à herbivoria tem seu preço. É por esse motivo, por exemplo, que os pandas possuem um metabolismo tão baixo, tendo dificuldade, inclusive, de se reproduzirem. Isso também é um dos fatores que fazem com que os reflexos dos pandas pareçam tão ruins, com diversos vídeos na internet mostrando esses organismos despencando de árvores ou rolando morro abaixo. Então, por que a evolução faria uma espécie ter menos probabilidade de sobrevivência?
Aparentemente, a culpa é nossa.
A História Recente
O panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca) era, para a surpresa de muitos, uma espécie extremamente bem adaptada ao ambiente em que vivia. Naturalmente uma espécie onívora, alimenta-se também de peixes, aves, lagartos e até de mamíferos pequenos e médios.
Por ter surgido em uma área cheia de carnívoros e com uma enorme disponibilidade de bambu, os pandas mais adaptados a comer vegetais possuíam uma vantagem evolutiva e a espécie perdeu a capacidade de sentir gostos umamis, associados a carnes, o que fez com que esses animais gostassem mais de saborear plantas do que proteínas animais. Curiosamente, vários animais da região com ancestrais onívoros também passaram a depender de bambus, como o panda-vermelho (Ailurus fulgens, que recebe seu nome por sua similaridade ao panda-gigante) e o Gigantopithecus blacki (o maior primata da história).
Para obter os nutrientes necessários para sua sobrevivência em uma dieta composta majoritariamente por bambu, os pandas migravam longas distâncias ao longo do ano, sempre comendo diferentes tipos da planta (pelo menos 20 espécies de bambu compõem a alimentação natural do panda). Dessa forma, esses ursos subiam e desciam as montanhas, baseados na maior disponibilidade de nutrientes entre brotos, troncos e folhas de bambu de diferentes espécies, sempre estando no local onde as plantas teriam a maior disponibilidade de energia e proteínas e menos concentração de fibras.
Com o início da proto-agricultura na Ásia Oriental, há cerca de 20 mil anos, muitos vales e bases de montanhas, utilizados pelos pandas durante parte do ano, passaram a ser desmatados. Há 7 mil anos, enormes florestas de bambu deram lugar a plantações de arroz e, pouco a pouco, os pandas passaram a se restringir aos topos de montanha, locais que normalmente passavam poucas semanas do ano antes da chegada dos humanos. Historicamente distribuídos pela maior parte do sul da China, norte do Myanmar, Vietnã e pequenos trechos do Laos e da Tailândia, hoje se restringem às províncias chinesas de Sichuan, Shaanxi e Gansu.
Dessa forma, a disponibilidade energética dessa espécie caiu drasticamente, o que reduziu a taxa de sobrevivência de adultos, as taxas reprodutivas da espécie e, até mesmo, o número de filhotes que sobreviviam à vida adulta, devido à menor concentração de proteínas e gorduras no leite das fêmeas. Assim, fizemos com que uma espécie outrora comum se tornasse, por muito tempo, um dos grandes mamíferos mais ameaçados do planeta.
A caça e o desmatamento nos séculos seguintes diminuíram ainda mais a população desses animais. Em 1963, com uma população em queda acentuada, a República Popular da China (RPC) adotou medidas para a conservação da espécie, como a criação de diversas reservas e a aprovação de leis severas. Na legislação chinesa o panda-gigante é um Animal Protegido Classe 1. Caçar um panda é considerado um crime grave, com, no mínimo, 10 anos de detenção, apreensão de propriedade e, até 2011, resultava em pena de morte. Essas leis severas reduziram drasticamente a caça desses animais e sua população foi de 268 para 1.864 indivíduos entre 2003 e 2015.
Considerada uma espécie Ameaçada em 1990, passou a ser considerada Vulnerável em 2016, devido à sua população crescente ocasionada pela proteção in situ, aos inúmeros zoológicos e centros de conservação que abrigam pandas e aos 21 países que, atualmente, possuem pandas. Esse último caso, entretanto, se deve mais a relações diplomáticas do que à conservação dessa espécie, uma vez que receber um panda é muito mais do que abrigar um animal em um zoológico.
Parte 2 – A Diplomacia
Pandas na Política Internacional
Origens
O ser humano possui uma longa história de admiração pela beleza dos pandas e, por ser um animal raro há séculos, sua pele e, mais ainda, indivíduos vivos, eram símbolos de status. A Imperatriz Dowager Bo, que faleceu em 155 A.C., foi enterrada junto a um crânio de um panda como uma forma de homenagem. Séculos depois, o netos do imperador Taizong de Tang (598 – 649) enviou ao Japão dois pandas e o couro de um outro indivíduo, iniciando assim a tradição de presentes envolvendo esses organismos. Durante o século XVII, diferentes povos aborígenes (das regiões de Szechuan e do Tibet) enviavam o couro desses ursos para os imperadores da Disnastia Qing como forma de tributo.
Durante o início da era moderna, pandas eram ocasionalmente doados ou vendidos para outros países para demonstrar “boa fé” e amizade entre diferentes governos, sobretudo com os Estados Unidos. Mas os pandas passaram a ter um valor diplomático mais forte em 1941, quando o país estadunidense auxiliou a China na defesa contra o Japão, na Guerra Pacífico-Asiática, durante a Segunda Guerra Mundial. O panda, enviado como um agradecimento, voou até São Francisco e chegou no país horas após o bombardeamento de Pearl Harbor (no Havaí) pelo Japão, não obtendo a atenção pretendida pelo governo.
Por Wildlife Conservation Society via jamesflee.com
Em 1949, om o fim da Guerra Civil Chinesa, a China foi dividida em dois governos. A República da China, que regia todo o território chinês, passou a governar apenas a ilha de Taiwan, com reconhecimento internacional limitado, enquanto a China continental passou a se chamar República Popular da China, ou RPC, com um novo governo socialista instaurado. Ambos os territórios utilizavam pandas como forma de diplomacia.
O governo da RPC rapidamente começou a presentear Estados com esses animais para ganhar apoios políticos, sobretudo durante a Guerra Fria, como forma de aliviar as tensões. Entre 1957 e 1983, 24 pandas foram doados para 9 diferentes nações, incluindo a União Soviética, a Coréia do Norte e os Estados Unidos, que doaram bisões-americanos (Bison bison) como forma de agradecimento e, depois disso, outros países passaram a adotar agradecimentos similares.
Segundo fontes históricas, uma visita do Primeiro Ministro Britânico Edward Heath à China Continental, com apoio da Coroa, resultou em um pedido de pandas para o Zoológico de Londres, em 1974. Dessa forma, a grande tensão entre os “Estados Socialistas” e “Estados Capitalistas”, sobretudo EUA e Inglaterra conta a União Soviética, não afetou significativamente as relações com a China, que mantinha fortes relações comerciais e diplomáticas com todos os países envolvidos.
Muito antes disso, em 1938, a própria Família Real Britânica recebeu um panda batizado de Ming, que foi alojado no Zoológico de Londres. Isso não só marcou boas relações entre os dois países, como, também, aproximou o público do reino desses animais e iniciou uma nova fase na Diplomacia do Panda, que possibilitou os tratados de 1941 com os EUA. Fotos de 1939 mostram membros da realeza, incluindo a própria Rainha Elizabeth, interagindo com um filhote dessa espécie de urso.
Modernidade
Após 1984, o governo determinou que nenhum panda seria doado, e apenas emprestado, uma vez que alguns dos países que já possuíam pandas não tinham mais uma relação tão boa com o governo chinês. Dessa forma, pandas poderiam ser tomados de volta e, sobretudo, seriam uma fonte de lucro para o Estado. Inicialmente, uma taxa mensal de US$50.000,00 seria cobrada por urso, o que foi alterado em 1991, com empréstimos por um período de 10 anos, com uma taxa anual de 1 milhão de dólares por animal e com a regra de que cada panda nascido internacionalmente pertenceria à RPC.
Curiosamente, outros países rapidamente passaram a pedir pandas em empréstimo como uma sinalização do interesse de acordos econômicos com a China e de promover a aproximação entre diferentes países. Além disso, visitas à RPC por Chefes de Estado resultam, muitas vezes, em uma visita a um santuário de pandas e a fotos carregando esses animais, que representam a firmação de acordos e a aproximação entre os diferentes territórios, tanto para a população chinesa, quanto para a mídia internacional.
Exceções aos empréstimos, entretanto, estão dentro da própria China. Em 2007, dois pandas foram dados de presente à Hong Kong (território autônomo dentro da China Continental) para reforçar as boas relações entre o governo socialista e essa Região Administrativa Especial (RAE).
Um caso mais extremo, entretanto, ocorreu em 1998 e, posteriormente, em 2005, quando a RPC ofereceu ao governo de Taiwan casais de pandas, em uma possível tentativa de reaproximação entre os dois territórios. Transferências internacionais de animais selvagens entre países passam por uma série de protocolos e regras, mediados pela Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES), regras essas que não são necessárias quando a transferência ocorre apenas entre estados ou províncias de uma nação.
Durante as discussões para a transferência, a China ignorou os protocolos da CITES, enquanto Taiwan exigia sua adoção. Caso o país insular aceitasse os pandas sem a adoção dos protocolos, estaria afirmando para o mundo que não é um Estado independente da RPC e, por esse motivo, recusou a oferta. Para eles, o “presente” da República Popular era apenas parte do plano de ir contra a soberania de Taiwan e garantir uma anexação futura.
Em 2008, uma nova oferta foi feita ao governo de Taiwan, que aceitou um casal de pandas. A transferência, entretanto, foi realizada sem a mediação da CITES, uma vez que o governo de Taiwan não era signatário do documento, mas ocorreu baseada em acordos de comércio internacional da China.
Justificativas
Nas últimas décadas, o crescente poder militar e econômico da China fizeram com que o país se tornasse uma superpotência mundial. Embora o país seja hoje indiscutivelmente uma das principais peças no cenário global, sua diplomacia era seu ponto mais fraco, sobretudo devido a denúncias de infringimento de direitos humanos por parte do governo.
A RPC, entretanto, usa a Diplomacia do Panda como sua principal arma política.
Visitas de chefes de Estado aos centros de conservação da espécie na China garantiram relações com vários países, incluindo acordos econômicos diretos, de mais de 10 anos de exclusividade de compra de um determinado produto e até investimentos militares.
Além disso, a conservação dos pandas garantiu que grande parte da população mudasse sua visão ambiental com relação ao país, uma vez que essa espécie carismática foi salva da extinção devido a ações da RPC. Para isso, o governo investe anualmente milhares de dólares na veiculação de imagens de pandas na mídia internacional, inclusive em plataformas proibidas na China. Aplicativos e sites como o Youtube, Instagram, TikTok, Kwai e o Twitter são bombardeados pela mídia estatal com imagens fofas que cativam a população de outros países e, consequentemente, seus governantes.
Presidentes, Primeiros Ministros e Monarcas, além de quererem agradar a população, entendem que serão bem vistos internacionalmente, tanto por outros governantes, quanto pela população da RDC, se forem vistos acompanhados de pandas, pois isso indica a aproximação com o gigante asiático. Nos últimos anos, além de Angela Merkel e Emmanuel Macron, pandas foram fotografados ao lado de Michelle Obama (ex-Primeira Dama dos EUA), Vladimir Putin (Presidente da Rússia), Justin Trudeau (Primeiro-Ministro do Canadá), Melania Trump (ex-Primeira Dama dos EUA), Alexander van der Bellen (Presidente da Áustria) e pela Família Real da Bélgica.
Imagem: REUTERS/Petar Kujundzic
Imagem: Kuang Linhua/China Daily
Imagem: Adam Scotti (PMO)
Imagem: Twitter/Melania Trump
Imagem: Foto: APA/BUNDESKANZLERAMT/DRAGAN TATIC
Atualmente, 21 países, além da China Continental, possuem pandas emprestados ou doados (Taiwan e México possuem pandas próprios recebidos na época em que pandas eram doados) sendo eles:
- Alemanha
- Austrália
- Bélgica
- Canadá
- Catar
- Coréia do Sul
- Dinamarca
- Escócia
- Espanha
- Estados Unidos
- Finlância
- França
- Indonésia
- Japão
- Malásia
- México
- Países Baixos
- Rússia
- Singapura
- Tailândia
- Taiwan (República da China)
Consequências
Embora a Diplomacia do Panda seja uma prática política, ela promove diversos benefícios para a conservação. Além do número crescente de pandas selvagens e do grande pool gênico em zoológicos pelo mundo, que contribuem para a conservação da espécie outrora Ameaçada de acordo com a IUCN, a conservação do panda in situ na China contribui para a preservação de 70% das espécies de aves florestais do país, 70% dos mamíferos e 31% dos anfíbios.
Em contrapartida, o foco central na diplomacia, e não na conservação, faz com que o futuro para a espécie dependa de acordos econômicos, que muitas vezes não garantem seu bem estar. Denúncias apontam que os pandas enviados para a Tailândia, por exemplo, já sofreram maus tratos, o que vai contra as normas de posse da espécie. Infelizmente essa atitude não foi repreendida pela RPC para não abalar acordos econômicos entre os países. Além disso, a China ainda falha na reintrodução do panda na natureza, que não costuma dar certo.
A Diplomacia do Panda é, portanto, uma estranha relação entre a China e outros países que, embora auxilie na conservação de um dos animais mais famosos do planeta, coloca seu bem estar e sua sobrevivência na natureza em segundo plano. Com o número crescente de pandas em cativeiro e de países que demonstram interesse em ter um panda (com todos os benefícios que isso acarreta), o futuro da espécie depende da cooperação internacional, acordos econômicos e, mais estranhamente, do amor das pessoas por esse urso desastrado que, por nossa culpa, coloca sua própria sobrevivência em risco.
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Financial Times | Panda politics: the hard truth about China’s cuddliest diplomat
China and Taiwan: A really simple guide
What Is the Punishment for Killing a Panda in China? – China Law in One Minute
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